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Comunidades tradicionais e diversidade biológica.

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As espécies brasileiras, principalmente plantas e invertebrados marinhos, são fontes de moléculas e processos metabólicos de valor científico e socioeconômico com potencial para contribuir com a melhoria da qualidade de vida por meio do seu uso farmacêutico entre outros. Entretanto, o país gasta mais de US$ 7 bilhões por ano na importação de princípios ativos para químicos agropecuários, além da importação de princípios ativos utilizados por mais de 70% dos medicamentos produzidos internamente, subaproveitando o potencial da biodiversidade nacional e a oportunidade de promover fonte sustentável de renda às populações locais e potencializar a cadeia produtiva nas regiões de exploração. A ausência de interação entre os exploradores e os detentores de conhecimentos tradicionais contribui para a perda da possibilidade do uso sustentável de plantas e animais medicinais. O Brasil possui grande diversidade de povos indígenas (são quase 300 grupos falando mais de 180 línguas) e de populações tradicionais e comunidades locais, como quilombolas e caiçaras, que são conhecedores da biodiversidade e sua relação com o bem-estar humano. Esse conhecimento muitas vezes se reverte no manejo de produtos com valor no PIB regional. Essas populações têm contribuído de forma essencial para a agro biodiversidade, que é de fundamental importância para a segurança alimentar. Os povos indígenas do Brasil aprenderam a cultivar, por exemplo, o amendoim, a mandioca e o guaraná. Populações tradicionais do Rio Negro, no Amazonas, conservam e produzem mais de 100 variedades de mandioca. As mulheres de uma aldeia Kayapó, no Pará, conhecem e nomeiam 50 variedades de batata-doce e 40 variedades de carás. Os índios Kayapó do Pará usam mais de 70 espécies florestais dentre as 99 localmente recenseadas; os Tembé do Maranhão usam 73 espécies florestais dentre as 119 recenseadas. A sociedade brasileira precisa ter acesso aos conhecimentos e práticas desenvolvidos por populações tradicionais que utilizam de modo sustentável os recursos naturais. Esse conhecimento tem potencial para gerar renda, reduzir a pobreza, desenvolver medicamentos e ativos químicos de interesse industrial. Além disso, arranjos institucionais que incluam a efetiva participação de atores locais na gestão dos recursos naturais são importantes para a conservação ambiental, porém ainda insuficientes. Garantir a base legal e construir um ambiente seguro e favorável ao compartilhamento dos conhecimentos e benefícios das fontes tradicionais de saber será essencial para conciliar justiça social com avanço econômico e equilíbrio ambiental.

Brazilian species, mainly plants and marine invertebrates, are sources of molecules and metabolic processes of scientific and socioeconomic value with the potential to contribute to improving the quality of life through their pharmaceutical use, among others. Brazil has a great diversity of indigenous peoples (almost 300 groups speaking more than 180 languages) and traditional populations and local communities, such as quilombolas and caiçaras, who are aware of biodiversity and its relationship with human well-being. This knowledge is often reversed in the handling of products with value in the regional GDP. Brazilian society needs access to the knowledge and practices developed by traditional populations that use natural resources in a sustainable way. This knowledge has the potential to generate income, reduce poverty, develop medicines and chemical assets of industrial interest.

Créditos (com adaptações):

http://nupaub.fflch.usp.br/sites/nupaub.fflch.usp.br/files/VITOR%20TOLEDO%20povos%20e%20comuniades%20PRONTO%20(1).pdf

http://www.livroaberto.ibict.br/bitstream/1/750/2/Biodiversidade%20e%20comunidades%20tradicionais%20no%20Brasil.pdf

http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/cea/2011/12/JulianaS.3.pdf

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Brazilian species, mainly plants and marine invertebrates, are sources of molecules and metabolic processes of scientific and socioeconomic value with the potential to contribute to improving the quality of life through their pharmaceutical use, among others. Brazil has a great diversity of indigenous peoples (almost 300 groups speaking more than 180 languages) and traditional populations and local communities, such as quilombolas and caiçaras, who are aware of biodiversity and its relationship with human well-being. This knowledge is often reversed in the handling of products with value in the regional GDP. Brazilian society needs access to the knowledge and practices developed by traditional populations that use natural resources in a sustainable way. This knowledge has the potential to generate income, reduce poverty, develop medicines and chemical assets of industrial interest.

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