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Brasileiros na Suíça mobilizam avião para entrega de roupas de inverno ao Rio Grande do Sul

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Brasileiros que moram fora se mobilizam numa rede de solidariedade para ajudar as vítimas das chuvas catastróficas que deixaram milhares de desabrigados no estado do Rio Grande do Sul. Na Suíça, há cinco pontos de coleta de roupas de inverno, que só foram possíveis através da motivação de brasileiros que conseguiram até um avião para enviar as vestimentas na próxima semana.

Valéria Maniero, correspondente da RFI em Lausanne

Com os esforços de um grupo de brasileiros, um avião vai partir da Suíça contendo doações para o Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática da história do estado. A ideia principal da mobilização é para enviar roupas de frio às vítimas das chuvas que precisam de ajuda nesse momento.

Felipe Eidam, da empresa de turismo Swiss Xperience, que mora no cantão de Zurique há 18 anos, e trabalha na área de receptivo de luxo, contou à RFI detalhes da organização da iniciativa. Ele é um dos brasileiros que tornaram essa ação possível. Felipe explicou como foi possível conseguir um avião para apoiar a entrega das doações.

“Isso tudo começou com uma iniciativa minha e do Casal sem CEP (dupla de brasileiros que viaja o mundo), tentando achar uma forma de ajudar. Aí eu contactei um amigo meu, que tem um cargo importante na UPS (empresa internacional de logística e entregas). Ele, internamente, fez uma movimentação e conseguiu dos superiores essa autorização, disponibilizando uma carga para que nós pudéssemos conseguir (enviar)”, contou.

Ele diz que essa ajuda de tão longe pode ser pequena, mas “tem muito valor para gente se sentir parte desse corpo que está ajudando o nosso povo lá do Rio Grande do Sul”. Segundo Felipe, a iniciativa se espalhou muito rápido, “de uma forma que não estávamos esperando”.

Com a ajuda da Bruna Aeppli, jornalista e influenciadora digital que mora na Suíça, criadora do canal 'Do outro lado do Mundo' nas redes sociais, a iniciativa foi rapidamente divulgada.“Todo mundo abraçou a causa e está funcionando muito bem. Hoje, nós estamos com muitos voluntários trabalhando aqui na parte administrativa. São muitos grupos de WhatsApp espalhados por região, pessoas empenhadas em buscar doações de quem não tem carro para levar até os pontos de coleta”.

Felipe explicou que há cinco pontos de coleta em toda a Suíça disponibilizados pela UPS: “A empresa vai fazer a logística interna aqui, juntando tudo em um depósito e, após isso, nós faremos uma triagem em Genebra, na semana que vem, para então dar continuidade na parte de logística. E essa parte será feita toda feita pela empresa”, detalhou.

Brasileiros de vários países da Europa se mobilizam

Sobre a participação da comunidade brasileira que mora em outros países da Europa, Felipe revelou que há uma mobilização de diversos grupos com intenção de doar roupas, principalmente de inverno.

“Tem muita gente doando, está difícil até para nós ponderarmos isso porque o pessoal da Europa está se mobilizando, tanto os meus números como os dos administradores dos grupos de WhatsApp não param com pedidos da Itália, de Portugal, da França, da Alemanha. Todo mundo querendo trazer doações para a Suíça. Já tivemos pedidos de carretas. Infelizmente, nós não podemos atender por ser uma carga limitada”, explica Felipe.

Leia tambémBrasileiros na França se mobilizam para ajudar vítimas das inundações no Rio Grande do Sul

Um pedido: mais empresas para ajudar

De acordo com Felipe, o intuito é tentar mobilizar outras empresas e mais parceiros para ajudar na ação.

“Pedimos que outras empresas se mobilizem e nos ajudem para que essas doações cheguem lá no Brasil. São doações bem importantes: roupas de inverno somente. O nosso intuito é contribuir com algo que não esteja já no padrão das doações lá (no Brasil). E as nossas roupas de inverno daqui da Suíça, com certeza, farão diferença para o inverno que está chegando na região Sul do Brasil”, acredita ele.

Ainda não há data definida para que as doações saiam da Suíça. O próximo passo, segundo ele, vai ser avaliar a quantidade de peças recebidas.

“Quando fecharmos toda essa doação na quarta, dia 22, iremos avaliar e fazer uma triagem. Assim que estiver definida essa triagem, no próximo dia, a carga já deve estar partindo para o Brasil. A questão da distribuição está sendo acertada com a UPS. Nosso intuito é que chegue essa carga em boas mãos, que nós possamos saber que ela foi entregue para as pessoas que realmente necessitam e, por isso, estaremos depositando toda a nossa confiança nessa empresa parceira que está viabilizando o envio”.

Famílias de brasileiros apoiam a ação

A brasileira Sandra Ruthes, que é do Paraná e mora na Suíça há quatro anos e meio, foi uma das brasileiras que se uniram ao projeto. A professora de dança separou roupas dela, do marido e da filha para doar para as famílias do Rio Grande do Sul. Sandra destacou a importância em ajudar, mesmo vivendo em outro país.

“Eu vibrei quando soube desse avião saindo da Suíça com destino ao Brasil com o apelo de levar, daqui para lá, as roupas de frio. Eu nasci no sul, vivi muitos anos lá e, agora chegando o inverno, nós sabemos que a gente lá no Brasil não está preparado, não é como aqui que você chega em casa e está tudo quentinho”, relembrou.

“E essas pessoas perderam praticamente tudo. Isso deixa a gente muito triste, de mãos amarradas aqui. E o que a gente mais gostaria era de estar lá na linha de frente, ajudando essas pessoas, então, o coração fica muito apertado. Essa história do avião veio a calhar”, disse a professora.

Sandra mostrou à reportagem da RFI como separou com o uso de etiquetas os tipos de “roupas quentinhas” para doar, indicando os tamanhos e se as peças eram femininas ou masculinas.

“A gente está começando o processo com as roupas da minha filha, mas eles estão precisando muito de roupas de adultos, tamanho grande, então, eu vou catar também no armário do meu marido. Estou lavando todas as roupas para mandar tudo limpinho porque eles estão com essa dificuldade lá também, de não ter muito recurso para lavar roupa. Quando mais organizado, mais separadinho, limpinho a gente conseguir mandar, melhor. É aquela velha história: é pouquinho, mas de pouquinho em pouquinho, a gente consegue fazer muito", animou-se paranaense.

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Brasileiros que moram fora se mobilizam numa rede de solidariedade para ajudar as vítimas das chuvas catastróficas que deixaram milhares de desabrigados no estado do Rio Grande do Sul. Na Suíça, há cinco pontos de coleta de roupas de inverno, que só foram possíveis através da motivação de brasileiros que conseguiram até um avião para enviar as vestimentas na próxima semana.

Valéria Maniero, correspondente da RFI em Lausanne

Com os esforços de um grupo de brasileiros, um avião vai partir da Suíça contendo doações para o Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática da história do estado. A ideia principal da mobilização é para enviar roupas de frio às vítimas das chuvas que precisam de ajuda nesse momento.

Felipe Eidam, da empresa de turismo Swiss Xperience, que mora no cantão de Zurique há 18 anos, e trabalha na área de receptivo de luxo, contou à RFI detalhes da organização da iniciativa. Ele é um dos brasileiros que tornaram essa ação possível. Felipe explicou como foi possível conseguir um avião para apoiar a entrega das doações.

“Isso tudo começou com uma iniciativa minha e do Casal sem CEP (dupla de brasileiros que viaja o mundo), tentando achar uma forma de ajudar. Aí eu contactei um amigo meu, que tem um cargo importante na UPS (empresa internacional de logística e entregas). Ele, internamente, fez uma movimentação e conseguiu dos superiores essa autorização, disponibilizando uma carga para que nós pudéssemos conseguir (enviar)”, contou.

Ele diz que essa ajuda de tão longe pode ser pequena, mas “tem muito valor para gente se sentir parte desse corpo que está ajudando o nosso povo lá do Rio Grande do Sul”. Segundo Felipe, a iniciativa se espalhou muito rápido, “de uma forma que não estávamos esperando”.

Com a ajuda da Bruna Aeppli, jornalista e influenciadora digital que mora na Suíça, criadora do canal 'Do outro lado do Mundo' nas redes sociais, a iniciativa foi rapidamente divulgada.“Todo mundo abraçou a causa e está funcionando muito bem. Hoje, nós estamos com muitos voluntários trabalhando aqui na parte administrativa. São muitos grupos de WhatsApp espalhados por região, pessoas empenhadas em buscar doações de quem não tem carro para levar até os pontos de coleta”.

Felipe explicou que há cinco pontos de coleta em toda a Suíça disponibilizados pela UPS: “A empresa vai fazer a logística interna aqui, juntando tudo em um depósito e, após isso, nós faremos uma triagem em Genebra, na semana que vem, para então dar continuidade na parte de logística. E essa parte será feita toda feita pela empresa”, detalhou.

Brasileiros de vários países da Europa se mobilizam

Sobre a participação da comunidade brasileira que mora em outros países da Europa, Felipe revelou que há uma mobilização de diversos grupos com intenção de doar roupas, principalmente de inverno.

“Tem muita gente doando, está difícil até para nós ponderarmos isso porque o pessoal da Europa está se mobilizando, tanto os meus números como os dos administradores dos grupos de WhatsApp não param com pedidos da Itália, de Portugal, da França, da Alemanha. Todo mundo querendo trazer doações para a Suíça. Já tivemos pedidos de carretas. Infelizmente, nós não podemos atender por ser uma carga limitada”, explica Felipe.

Leia tambémBrasileiros na França se mobilizam para ajudar vítimas das inundações no Rio Grande do Sul

Um pedido: mais empresas para ajudar

De acordo com Felipe, o intuito é tentar mobilizar outras empresas e mais parceiros para ajudar na ação.

“Pedimos que outras empresas se mobilizem e nos ajudem para que essas doações cheguem lá no Brasil. São doações bem importantes: roupas de inverno somente. O nosso intuito é contribuir com algo que não esteja já no padrão das doações lá (no Brasil). E as nossas roupas de inverno daqui da Suíça, com certeza, farão diferença para o inverno que está chegando na região Sul do Brasil”, acredita ele.

Ainda não há data definida para que as doações saiam da Suíça. O próximo passo, segundo ele, vai ser avaliar a quantidade de peças recebidas.

“Quando fecharmos toda essa doação na quarta, dia 22, iremos avaliar e fazer uma triagem. Assim que estiver definida essa triagem, no próximo dia, a carga já deve estar partindo para o Brasil. A questão da distribuição está sendo acertada com a UPS. Nosso intuito é que chegue essa carga em boas mãos, que nós possamos saber que ela foi entregue para as pessoas que realmente necessitam e, por isso, estaremos depositando toda a nossa confiança nessa empresa parceira que está viabilizando o envio”.

Famílias de brasileiros apoiam a ação

A brasileira Sandra Ruthes, que é do Paraná e mora na Suíça há quatro anos e meio, foi uma das brasileiras que se uniram ao projeto. A professora de dança separou roupas dela, do marido e da filha para doar para as famílias do Rio Grande do Sul. Sandra destacou a importância em ajudar, mesmo vivendo em outro país.

“Eu vibrei quando soube desse avião saindo da Suíça com destino ao Brasil com o apelo de levar, daqui para lá, as roupas de frio. Eu nasci no sul, vivi muitos anos lá e, agora chegando o inverno, nós sabemos que a gente lá no Brasil não está preparado, não é como aqui que você chega em casa e está tudo quentinho”, relembrou.

“E essas pessoas perderam praticamente tudo. Isso deixa a gente muito triste, de mãos amarradas aqui. E o que a gente mais gostaria era de estar lá na linha de frente, ajudando essas pessoas, então, o coração fica muito apertado. Essa história do avião veio a calhar”, disse a professora.

Sandra mostrou à reportagem da RFI como separou com o uso de etiquetas os tipos de “roupas quentinhas” para doar, indicando os tamanhos e se as peças eram femininas ou masculinas.

“A gente está começando o processo com as roupas da minha filha, mas eles estão precisando muito de roupas de adultos, tamanho grande, então, eu vou catar também no armário do meu marido. Estou lavando todas as roupas para mandar tudo limpinho porque eles estão com essa dificuldade lá também, de não ter muito recurso para lavar roupa. Quando mais organizado, mais separadinho, limpinho a gente conseguir mandar, melhor. É aquela velha história: é pouquinho, mas de pouquinho em pouquinho, a gente consegue fazer muito", animou-se paranaense.

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