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Após fechar fronteiras, Biden anuncia plano que pode conceder visto à meio milhão de imigrantes

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (18) uma nova ordem executiva com relação às políticas migratórias de seu governo. A nova medida daria a oportunidade a meio milhão de imigrantes, que são casados com cidadãos norte-americanos, de regularizar sua situação sem ter que deixar o país. O anúncio do plano acontece apenas duas semanas após a decisão de Biden de limitar a entrada de estrangeiros em busca de asilo político no país.

A ordem executiva prevê que todo aquele imigrante que resida nos Estados Unidos há mais de dez anos, esteja casado com um cidadão dos Estados Unidos, e que não tenha passagem pela polícia, terá a obtenção da cidadania facilitada.

Ao contrário do que se crê popularmente, de que ao contrair matrimônio com um cidadão norte-americano, o [cartão de residência permanente] green card está praticamente garantido, a verdade é que o processo para quem cruza a fronteira sul ilegalmente é muito mais complicado.

Aquelas pessoas que entraram ao país de forma ilegal precisam voltar ao seu país de origem e só estão habilitadas a retornar aos Estados Unidos uma vez que a tramitação do green card seja finalizada. O processo que pode durar anos, e acaba separando muitas famílias.

Ao anunciar a nova política, a Casa Branca disse que há um número estimado de 1,1 milhão de famílias compostas por pessoas com status legal híbrido, e que cerca de 500 mil pessoas poderiam ser beneficiadas pela medida, além de 50 mil menores, fruto desses matrimônios.

Conforme a ordem executiva, a espera pela cidadania agora pode ser feita em solo norte-americano, ao lado de seus familiares.

Norma deve entrar em vigor somente em setembro

Os beneficiados pela medida terão que esperar até meados de setembro para iniciar o processo de pedido de visto ou de retorno ao país, no caso daqueles que foram separados de suas famílias.

Somente então aqueles que são elegíveis terão seu caso avaliado pelo Departamento de Segurança Interna. Se aprovados, eles terão três anos para solicitar residência permanente.

"Dreamers" também serão beneficiados

De acordo com o plano da Casa Branca, os Dreamers - jovens beneficiados pelo DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) que tiverem obtido um diploma em uma instituição de ensino superior dos EUA e que receberam uma oferta de um empregador no país, em sua área de formação, poderão solicitar o visto de trabalho de forma mais rápida e direta.

Concessão de visto à cônjuges

Ainda antes de oficializar a medida, a administração Biden disse em um pré-anúncio feito aos jornalistas, que tanto garantir a segurança na fronteira, quanto corrigir o sistema imigratório, são prioridades para o governo.

Por isso, em uma tentativa de mostrar empatia com as famílias de imigrantes, a primeira-dama Jill Biden foi a escolhida para dar início ao discurso de comemoração dos 12 anos do programa DACA que protege da deportação aqueles que chegaram aqui ainda crianças. O benefício é uma medida do governo Obama, que logo foi suspensa por Trump.

O tom suave e carinhoso de Jill ao contar as histórias dos chamados Dreamers, como os beneficiados pelo programa ficaram conhecidos, tem a clara intenção de fazer contraste com o discurso violento de Donald Trump sobre os imigrantes, a quem chegou a comparar a "animais" que "envenenam o sangue do país".

O presidente falou na sequência da primeira-dama, oficializando a medida que tenta reverter a impressão causada na ala mais progressista do partido democrata, de que Biden estaria não só descumprindo suas promessas de campanha, quanto reproduzindo políticas parecida às de Trump com relação à imigração.

Caso eleito, Trump poderia anular a medida

Tanto o fechamento das fronteiras sul para a entrada de imigrantes e busca de asilo político, quanto esta nova possibilidade de obtenção da cidadania, são ordens executivas, ou seja, que podem ser facilmente desabilitadas por outro governo com ideias distintas.

A campanha do ex-presidente Trump emitiu um comunicado em reação à ordem, descrevendo os migrantes como um fardo para os contribuintes e um fardo para os programas de bem-estar social, dizendo que a medida se trata de uma “anistia em massa”.

Em entrevista à Rádio Nacional Pública (NPR), a professora da Universidade St. Mary no Texas, Erica Schommer, disse que a ordem executiva "não é uma espécie de anistia geral que converte automaticamente um monte de pessoas em residentes ou cidadãos”, mas sim uma "liberdade condicional".

Assim como outras medidas relacionadas à imigração, como a própria suspensão de asilo, esta nova política poderia ser contestada nos tribunais.

Com a mira no eleitorado latino

Os números da Pew Research Institute mostram que os latinos cresceram no segundo ritmo mais rápido de qualquer grupo étnico em relação ao número de eleitores desde a última eleição presidencial nos Estados Unidos.

Estima-se que 36,2 milhões estejam habilitados para votar este ano, contra 32,3 milhões em 2020.

Em uma corrida eleitoral apertada, este eleitores poderiam ser decisivos. Sabendo disso, a administração Biden tem tentado correr atrás do prejuízo para recuperar a sua confiança em um tema que os afeta diretamente, como são as políticas migratórias.

Uma pesquisa recente feita pela Equis Research em alguns estados-chave nestas eleições como Arizona, Geórgia, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, mostra que os eleitores não veem os democratas como melhores no manejo da imigração, em comparação aos republicanos.

A pesquisa aponta que 49% dos eleitores registrados não-hispânicos e 41% dos hispânicos confiam mais em Trump na condução das questões relacionadas à imigração, do que no atual presidente Joe Biden.

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A ordem executiva prevê que todo aquele imigrante que resida nos Estados Unidos há mais de dez anos, esteja casado com um cidadão dos Estados Unidos, e que não tenha passagem pela polícia, terá a obtenção da cidadania facilitada.

Ao contrário do que se crê popularmente, de que ao contrair matrimônio com um cidadão norte-americano, o [cartão de residência permanente] green card está praticamente garantido, a verdade é que o processo para quem cruza a fronteira sul ilegalmente é muito mais complicado.

Aquelas pessoas que entraram ao país de forma ilegal precisam voltar ao seu país de origem e só estão habilitadas a retornar aos Estados Unidos uma vez que a tramitação do green card seja finalizada. O processo que pode durar anos, e acaba separando muitas famílias.

Ao anunciar a nova política, a Casa Branca disse que há um número estimado de 1,1 milhão de famílias compostas por pessoas com status legal híbrido, e que cerca de 500 mil pessoas poderiam ser beneficiadas pela medida, além de 50 mil menores, fruto desses matrimônios.

Conforme a ordem executiva, a espera pela cidadania agora pode ser feita em solo norte-americano, ao lado de seus familiares.

Norma deve entrar em vigor somente em setembro

Os beneficiados pela medida terão que esperar até meados de setembro para iniciar o processo de pedido de visto ou de retorno ao país, no caso daqueles que foram separados de suas famílias.

Somente então aqueles que são elegíveis terão seu caso avaliado pelo Departamento de Segurança Interna. Se aprovados, eles terão três anos para solicitar residência permanente.

"Dreamers" também serão beneficiados

De acordo com o plano da Casa Branca, os Dreamers - jovens beneficiados pelo DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) que tiverem obtido um diploma em uma instituição de ensino superior dos EUA e que receberam uma oferta de um empregador no país, em sua área de formação, poderão solicitar o visto de trabalho de forma mais rápida e direta.

Concessão de visto à cônjuges

Ainda antes de oficializar a medida, a administração Biden disse em um pré-anúncio feito aos jornalistas, que tanto garantir a segurança na fronteira, quanto corrigir o sistema imigratório, são prioridades para o governo.

Por isso, em uma tentativa de mostrar empatia com as famílias de imigrantes, a primeira-dama Jill Biden foi a escolhida para dar início ao discurso de comemoração dos 12 anos do programa DACA que protege da deportação aqueles que chegaram aqui ainda crianças. O benefício é uma medida do governo Obama, que logo foi suspensa por Trump.

O tom suave e carinhoso de Jill ao contar as histórias dos chamados Dreamers, como os beneficiados pelo programa ficaram conhecidos, tem a clara intenção de fazer contraste com o discurso violento de Donald Trump sobre os imigrantes, a quem chegou a comparar a "animais" que "envenenam o sangue do país".

O presidente falou na sequência da primeira-dama, oficializando a medida que tenta reverter a impressão causada na ala mais progressista do partido democrata, de que Biden estaria não só descumprindo suas promessas de campanha, quanto reproduzindo políticas parecida às de Trump com relação à imigração.

Caso eleito, Trump poderia anular a medida

Tanto o fechamento das fronteiras sul para a entrada de imigrantes e busca de asilo político, quanto esta nova possibilidade de obtenção da cidadania, são ordens executivas, ou seja, que podem ser facilmente desabilitadas por outro governo com ideias distintas.

A campanha do ex-presidente Trump emitiu um comunicado em reação à ordem, descrevendo os migrantes como um fardo para os contribuintes e um fardo para os programas de bem-estar social, dizendo que a medida se trata de uma “anistia em massa”.

Em entrevista à Rádio Nacional Pública (NPR), a professora da Universidade St. Mary no Texas, Erica Schommer, disse que a ordem executiva "não é uma espécie de anistia geral que converte automaticamente um monte de pessoas em residentes ou cidadãos”, mas sim uma "liberdade condicional".

Assim como outras medidas relacionadas à imigração, como a própria suspensão de asilo, esta nova política poderia ser contestada nos tribunais.

Com a mira no eleitorado latino

Os números da Pew Research Institute mostram que os latinos cresceram no segundo ritmo mais rápido de qualquer grupo étnico em relação ao número de eleitores desde a última eleição presidencial nos Estados Unidos.

Estima-se que 36,2 milhões estejam habilitados para votar este ano, contra 32,3 milhões em 2020.

Em uma corrida eleitoral apertada, este eleitores poderiam ser decisivos. Sabendo disso, a administração Biden tem tentado correr atrás do prejuízo para recuperar a sua confiança em um tema que os afeta diretamente, como são as políticas migratórias.

Uma pesquisa recente feita pela Equis Research em alguns estados-chave nestas eleições como Arizona, Geórgia, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, mostra que os eleitores não veem os democratas como melhores no manejo da imigração, em comparação aos republicanos.

A pesquisa aponta que 49% dos eleitores registrados não-hispânicos e 41% dos hispânicos confiam mais em Trump na condução das questões relacionadas à imigração, do que no atual presidente Joe Biden.

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