Izabel Accioly fala sobre branquitude e racismo estrutural | Lugar de Escuta #05
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"As coisas que passei, eu passei não porque sou inferior. Mas porque eles são racistas". A frase é de Izabel Accioly, mulher negra, PcD, mestre em antropologia pela UFSCar.
Izabel cresceu em Fortaleza, cidade majoritariamente negra, mas que ainda, como o resto do Brasil, sofre com os resquícios da escravidão.
Neste quinto episódio do podcast Lugar de Escuta, Izabel esclarece o significado de conceitos popularizados, mas ainda pouco compreendidos, como branquitude e racismo estrutural. Ela explica, por exemplo, como a sociedade brasileira se organizou com base numa ideia de raça perpetuada ao longo dos séculos, em que os espaços de fala, decisão e poder são ocupados por brancos. Essa estrutura social até hoje determina o direito à memória, os afetos e os círculos sociais de cada um.
A afroantropóloga fala ainda sobre o que é ser verdadeiramente antirracista e sobre a importância de uma educação antirracista para formar as próximas gerações.
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